sexta-feira, 10 de julho de 2009

O CONVITE...


Essa não aconteceu comigo, mas como a história é real, acho que se enquadra bem no espírito do blog ... No fim das contas, é bom saber que coisas que acontecem com gente estranha, não acontecem só comigo...
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Daniela e Vanessa adoram a balada eletrônica gay. Segundo elas, é a melhor balada para se dançar, ninguém fica perturbando querendo pegar e elas sempre fazem amizades.
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Essa era uma daquelas noites em que as duas saiam para se acabar na festa. Faziam isso eventualmente, quando realmente estavam muito animadas para dançar. Musica eletrônica bombando e muita vodka. Depois de 5 horas de festa e 3000 calorias evaporadas do corpo, elas decidem ir pra casa. Antes de entrar no carro, uma paradinha para repor as energias, no carrinho de cachorro quente estacionado na frente a boate.
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Cabelos desgrenhados, maquiagem borrada e um cachorro quente nas mãos eram a definição de uma noite perfeita.
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Entre uma mordida e outra no pão com salsicha (E Deus sabe o que mais pode deixar aquilo tão saboroso), elas sorriam e comentavam sobre o fim de noite. Foi nesse momento que se aproximou um desses bombadinhos de cabelos empastados de gel.
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Ele usava uma camiseta rosa com os inscritos "DOLCE & CABANA". A camisa era tão apertada que se estranhava a cabeça dele não estar roxa e os olhos esbugalhados, já que era cientificamente impossível alguém poder respirar normalmente usando aquilo.
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A calça jeans apertada que parecia ter sido costurada no corpo que somado ao tênis de couro branco, impecável, definiam o visual do rapaz que parecia uma versão gigante do boneco do KEN, (marido da boneca barbie, famoso pelo escândalo sexual envolvendo 2 playmobils de 2001).
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Ele se aproximou do carrinho de cachorro quente. Elas se entreolham, mas nada dizem. O andróide vestindo "DOLTCHEGABANA" olha para as duas e se aproxima com um sorriso largo e malicioso:
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- E AI GATAS! - disse ele abafando - Vocês estão demais hein? Duas lindas assim como vocês e eu não preciso de mais nada. O que vocês acham da gente ir lá para casa fazer uma HOMENAGEM A TROÍS?..."
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Entre tosse o som do engasgar, lágrimas e o som de risadas por 2horas e 35 minutos, uma delas consegue verbalizar com dificuldade:
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- Mas.. COF! COF! Mas (hehe) quem diabos é esse TROÁ (TROIS) que merece tanta homenagem?

E continuram as gargalhadas...
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O andróide se afastou discretamente e voltou ao seu planeta sem entender muito bem onde foi que ele tinha errado..
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Isso é que é uma "balada sexy"..

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mico no churrasco...

Sempre me considerei um cara divertido. Não engraçado, apenas divertido. Eu explico. Com o tempo cheguei a conclusão de que consigo entreter as pessoas, conto histórias e faço comentários curiosos e às vezes, engraçados. Mas, em compensação, sou péssimo... péssimo contando piadas.
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Sim, é verdade. A última vez que me atrevi a contar uma piada em público uma das minhas amigas entrou em crise de depressão, dois pararam de falar comigo, e uma grávida entrou em trabalho de parto. E isso porque eu já vinha treinando na frente do espelho (hummm... talvez isso explique o motivo de eu não mais ter reflexo. E eu pensando que fosse um vampiro! Maldito True Blood!).
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Deus me deu muitas qualidades, mas contar piadas não é uma delas. Para compensar essa deficiência, eu me tornei um "falante", assim, falandoRAPIDOeSEMdarPAUSAS eu consigo evitar com que as pessoas venham a contar piadas na mesa, porque, nesse caso, eu me calo.
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A verdade é que o fato de eu ser um cara comunicativo tem um lado bom e outro ruim. É uma faca de dois legumes, como diz um amigo meu. O lado bom é que eu acabo fazendo muitos amigos. O lado ruim é que, justamente por falar demais, esses mesmos amigos vão embora rapidinho.
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Isso quando a coisa sempre não acaba em polêmica e confusão (e de vez em quando em explosões e ciborgues do futuro em missões assassinas para... hã.. Perai, isso não foi um filme? Malditos remédios controlados).
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Bem, para ilustrar o que eu estou dizendo (sim, eu falo em voz alta enquanto escrevo) foi um convite feito por uma amiga minha para um churrasco num sábado a tarde. Era um esquema meio íntimo, a "galera toda já se conhecia" mas fui bem recebido por ter sido "apresentado" por essa "amiga". (vocês não odeiam pessoas que usam "aspas", principalmente as que "não sabem" usar "?"). Segundo ela, pessoas interessantes, carne, cerveja e caipirinha a vontade. Como recusar, era como convidar o Michael Jackson para festa infantil (homenagem póstuma!).
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Churrascos são legais porque 1) é uma oportunidade de conhecer novas pessoas, 2) mulherada enche a lata! 3) você também enche a lata (Bem, eu não sei se isso realmente é legal porque bêbado sempre faz algo errado no fim da festa, quando não fica chato!!).
De qualquer forma, eu fui tentando me enturmar, soltando gracejos aqui e acolá e usando o meu simpático estilo "falante divertido" que eu falei no começo desse texto.
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Logo, lá estava eu no meio de uma roda contando "causos" e trocando idéias. Foi quando uma das meninas do grupo comentou sobre pessoas com nomes estranhos. E eu, óbvio, resolvi contar a história que aconteceu com um amigo.
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Ele estava saindo com essa menina que ele havia conhecido a pouco tempo numa dessas casas de música baiana, sertanejo e axé. Eu tentei convence-lo que nasceria desse tipo de lugar, mas ele é uma figura vingativa e tentou me provar o contrário ao me apresentar uma pequena que me fez ficar de boca aberta. Ela era linda!
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Era uma moreninha linda de cabelos lisos pretos, brilhantes com um sorriso encantador. (espero que ao ler isso, eu esteja abrindo algumas feridas. Ele realmente não merece!). O perfil dela era totalmente diferente do tipo de mulher com quem esse amigo costuma sair. Essa, não só tinha todos os dentes na boca, como era, como possuia um encanto natural. Uma gracinha. "Meu nome é Wanda", disse ela enquanto dois anjos tocavam arpas logo acima de sua cabeça - eu os ignorei.
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Passaram-se alguns dias. Num sábado a tarde meu celular toca. Na tela, o nome do meu amigo:
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- Brother! (ele fala quase sussurrando) estou falando do banheiro do cinema...
- E eu com isso? Você tá cada dia mais estranho cara. Seja lá o que estiver fazendo, não quero saber!!
- Não pô, é sério. É que eu vim com a Wanda no cinema. E quando ela me passou a carteirinha de estudante para eu comprar os ingressos, eu fiz uma descoberta assustadora. Óbvio que eu tinha que dividir isso com alguém, então entrei no banheiro para te ligar porque eu mesmo não acreditei....
- Vc é uma fofoqueira! Diga, estou louco para saber? O que foi cara? Ela é homem? DE NOVO BROTHER?? (Tá, essa parte é só para sacanear ele...rs)
- Pior!! É terrível. O nome dela, cara... O nome dela não é Wanda... (trilha de fundo de suspense!) - Não é Wanda...? Hã? Como assim? Do que vc está falando? Afinal, qual o nome dela??? (a musica aumenta o volume e a tensão).
- Bem, eu não sei como dizer isso mas.. Hã... O nome dela é... (TCHARAM!!!) Wandamônia cara, WANDAMÔNIA!!! (Violinos gritam escandalosamente, não consigo ouvir minha própria digitação enquanto teclo. Só então eu decido desligar o som do meu quarto.)
- ...
- Brother, (eu quebro o silêncio!), tente pense nisso por um aspecto internacional.
- Hã? Internacional? Como assim?
- E que, bem, tecnicamente, você não está saindo com uma mulher...
- Não? Do que você está falando???
- Cara, você não percebeu? Você está invadindo um país do leste europeu!! -"Os conflitos entre Wandamônia e Latveria, pela independência, continuam deixando o mundo apreensivo ". WAHAHAHAHAHA... WANDAMÔNIA, CARA!! Isso vai render muita piada. É simplesmente SENSACIONAL... HAHA... Alô? Alô? (Desligou. Putz! Que apelão!)
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Voltando ao churrasco, muita gente riu mas uma menina em particular que me olhava intrigada, perguntou: - Peraí, essa menina não é uma que tem uma casa de festas infantis?
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Eu: ... er... E antes que eu pudesse responder, uma outra disse... : - Ah sim, a Wanda? Você conhece ela? O nome dela é Wandamônia?
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Eu: Hã...
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Uma outra: - Gente, conheço ela a um tempão.
E mais outra: - Nossa, ela fez a festa do meu filho.
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Logo, muita gente começou a se juntar e comentar, eu imediatamente, utilizando uma antiga técnica ninja, puxei uma esfera de vidro do cinto de utlidades e a lancei ao chão, desaparecendo numa explosão de fumaça branca. (ou se vc preferir, dei discreto passo pra trás, e fui deixando a roda de pessoas e fugindo dalí sem que fosse percebido. Eu prefiro a primeira versão.)
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Bem, qual a moral da história?
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- Eu aprendi que (com a voz do "havainas de pau"), quando você for falar de alguém, não cite nomes.

(precisava disso tudo para acabar assim? MEODEOS!)